terça-feira, 17 de março de 2009

Anciã é condenada a levar 40 chicotadas na Arábia Saudita

Um tribunal da Arábia Saudita condenou há poucos dias uma mulher síria de 75 anos a receber 40 chicotadas, três meses de prisão e a deportação por ter recebido em sua casa dois homens que não eram de sua família, aos quais tinha pedido ajuda para levar as sacolas de pão até a sua casa, segundo informou o diário Statesman.com.


No ano passado, um membro da Polícia Religiosa de Arábia Saudita entrou no domicílio da mulher, Jamisa Mohamed Sawadi, na localidade de Chamli e encontrou-a com dois homens com os quais não tinha nenhum vínculo familiar.

Este caso provocou a indignação em muitos setores da Arábia Saudita. Todos estão chateados e questionando como é que uma avó irá suportar a dor de 40 chicotadas. Um dos homens, Fahd, de 24 anos, disse a polícia que tinha direito a estar ali porque Sawadi havia amamantado-o quando era pequeno, motivo pelo qual, segundo a tradição muçulmana, ele podia ser considerado filho dela. Fahd acrescentou que seu amigo Hadian comente lhe acompanhou enquanto ele ajudava a senhora. O agente policial então prendeu s dois homens.

Mas no veredito do tribunal o juiz, baseando-se no depoimento dos policiais, considerou que não provaram que Fahd fosse o "filho de leite" da mulher. Por isso, os dois homens também foram condenados: Fahd passará quatro meses na prisão e receberá também 40 chicotadas, enquanto Hadian ficará seis meses peso e receberá 60 chicotadas.

Outros casos

Mas este não é o primeiro caso que causa tanta controvérsia no país árabe. Em 2007, uma jovem de 19 anos foi vítima de uma estupro grupal e foi condenada a 200 chicotadas e seis meses de cárcere por ficar ao lado de um homem que não era de sua família.

Os sete homens que a violaram, tinham seqüestrado a jovem e o garoto com o qual ficou, foram sentenciados a penas entre dez meses e cinco anos de prisão. O caso causou tanta indignação fora das fronteiras da Arábia Saudita que o rei Abdulá perdoou a jovem e o garoto que estava com ela.

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